Assuntos: O Leilão do Campo de Libra e Teremos uma nova Revolução?

24-10-2013 11:21

COMENTÁRIO ESTRATÉGICO 182,

 21 de outubro de 2013

 

Por. Cel. Gelio Fregapani 

Articulista e Colunista do site. 

 
Sábios conselhos

- Se demonstrares força e pobreza todos te temerão. Demonstrando força e riqueza, todos querem ser teus aliados. Se demonstrares fraqueza e pobreza ninguém te dará importância, mas demonstrando riqueza sem demonstrar força atrairás sobre a tua cabeça todas as ambições do mundo.

Conselho do príncipe Ciro (futuro rei dos médo-persas ) ao seu tio, então Rei da Média, em uma visita de uma delegação do Egito, a maior potência militar da época.

- Riquezas naturais nas mãos de povos que não as querem ou não podem explorar, deixam de ser uma vantagem para se transformar em um perigo para seus possuidores

Conselho do Chanceler Otto Bismarck ao Kaiser Guilherme II  sobre utilização das jazidas de carvão e de ferro da Alemanha

 

Algum dos conselhos serviria para nós?

No momento em que as pressões internacionais sobre a Amazônia têm aumentado sob a alegação de uma suposta defesa de “interesses maiores da humanidade. Além das serras da fronteira norte da Amazônia, prenhe de minérios temos outras regiões que parecem ser alvo da cobiça internacional, pela riqueza ou posição estratégica. Entre essas áreas, destaca-se:,  a plataforma continental atlântica com suas jazidas de petróleo.

A principal ameaça é de tentativa de imposição de soberania “compartilhada” mediante aplicação de diretrizes e pelo uso compartilhado dos recursos da região, talvez deixando ao Brasil o ônus da administração, mas sob fiscalização estrangeira.

A nossa sociedade enfrenta uma crise moral induzida do exterior, sendo a pior parte a covardia cultivada pela proibição de uso de armas pelas pessoas de bem, que são convencidas a nunca reagir, nem mesmo sob  mais tênue ameaça.

Quando o povo estiver acostumado a ceder à qualquer ameaça, o País também não mais reagirá à exigências estrangeiras. Cederá sempre, sem luta.

 

O Leilão do Campo de Libra

Contra a vontade de grande parte da sociedade o Governo insistiu e realizou o leilão. Isto lembrou a venda da Vale pelo FHC, ainda que desta vez  não tenha sido uma entrega total.

O fato é que país nenhum compartilha petróleo já descoberto; ou o explora por si mesmo ou contrata serviços.  O que houve afinal? Precisávamos de dinheiro imediato? Fraco argumento, pois ainda somos um povo soberano e se precisarmos de dinheiro imediato podemos até imprimi-lo, ainda que isto cause inflação (Não maior do que dinheiro vindo de fora).

O que houve então? Já que não mais estamos nos tempos do entreguista FHC deve haver algum motivo, quem sabe o medo de conflitos, pois as grandes jazidas de petróleo trouxeram problemas para seus possuidores, inclusive invasões quando não queriam ceder e não tinham força para defender o que era seu.

Teria sido isto? Então nos acovardamos? Teríamos procurado aliados, cedendo-lhes uma parte para que nos defendessem contra outros ambiciosos, americanos por suposto? Cedemos para vários - ingleses, franceses e chineses para que, a rivalidade entre eles evitasse que um deles nos esbulhasse?  Quisera que tivéssemos orgulho e enfrentássemos sozinhos, mas se foi uma manobra pensada deve ainda render seus frutos. Que seja assim, a menos que esta dedução esteja errada e o leilão tenha sido apenas a parte final de uma manobra, mas de gigantesca corrupção, a gosto de certos políticos .

 

Nome de santa, pacto com o diabo.

      A Ministra dos Direitos Humanos (só dos malfeitores), mostrou a que veio: com lagrimas nos olhos condenou "violência policial" de um policial, que se arriscando, enfrentou e baleou um assaltante armado.   Pena de quem é assassinado ela não tem, mas morre de pena do pobre bandido. Justifica todas as atrocidades dos que combateram a Revolução de 64, inclusive os assassinatos de seus companheiros a pretexto de desconfianças infundadas. Ela persegue de tal forma os militares que aparenta estar mesmo e procurando antagonizá-los contra o Governo, até que provocados ao extremo recorram a uma revolta, mesmo sem apoio popular. Tudo indica que gosta mesmo é dos criminosos. Dev e ter feito um pacto com o diabo.

Essa mulher  desprezível, inconseqüente, no fundo age contra o Governo. Ou vive  em outro planeta ou o mais provável, é mesmo do mal. Não dá para acreditar que seja ingênua além do limite da ignorância. Pensava-se que ela perseguia os militares por conta de seu revanchismo, mas observa-se que, aproveitando de seu posto ,investe contra quem quer que procure manter a ordem. Qualifica-se assim para ser uma  ministra da Marina.

 

Teremos nova Revolução?

Hoje se fala abertamente em nova revolução e não por parte dos comunistas. Que os comunistas desejariam tomar o poder a força, todo mundo sabe. Já comprovaram ao longo dos tempos na Rússia, na China, na Malásia, no Vietnam e ensaiaram entre nós, mas agora não são os eles que estão cogitando, mas sim patriotas muito indignados com a entrega das riquezas naturais, com a política indigenista que pode ainda causar a secessão territorial fazendo tábua rasa do direito de propriedade, com a corrupção desenfreada, com a desmoralização do Judiciário especialmente do STF, com a ladroagem no Congresso e com as decisões erradas da Presidente.

Sabemos que o descontentamento popular e da força militar são as peças chaves de uma revolução. Logicamente as Forças Armadas estão descontentes, quer com a ineficácia dos últimos Governos civis quer por estarem sendo provocadas pela Comissão da “Verdade” e agora ameaçadas pela possibilidade de uma revisão da Lei da Anistia pelo órgão Maximo do Judiciário, o que atingiria somente aos militares. Na medida em que forem espezinhadas, se encontrarem respaldo na opinião pública, cogitarão de virar a mesa.

Certamente respaldo popular já existe em larga camada da população, quer no campo onde os agricultores espoliados pelos movimentos indígeno-ambientalistas anseiam por essa revolta, quer nas cidades onde as classes médias e baixas, sentindo-se inseguras face a violência e o banditismo, dariam boas vindas a um pouco de ordem. Mas...

Estariam as Forças Armadas realmente unidas? A tradição delas é legalista, tradição herdada de Caxias. O hiato de 64 foi causado por uma série de fatores como o apoio da Igreja e o incentivo dos EUA, aliado a um extremo descontentamento popular causado pelo caos de greves permanentes e economia em queda livre. Esses fatores se repetem apenas parcialmente e isto indica que uma nova revolução, hoje, estaria longe da unanimidade que vimos a 50 anos atrás.

Por fim o mais importante: a quem ou a que grupo uma revolução entregaria o Poder? Aos militares certamente não, pois três décadas de propaganda já os estigmatizaram. Aos atuais grupos políticos eivados de corrupções, de entreguismo explícito ou de populismo inconsequente é que não seria possível. Quanto aos representantes do sistema financeiro internacional – Leia-se Marina, seria o fim. Os métodos dessa sim justificariam uma revolução a qualquer preço   

Que Deus proteja a todos nós

Gelio Fregapani

 

 

ADENDO

MESA REDONDA NA COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 Exposição de Lorenzo Carrasco

O jornalista Lorenzo Carrasco, presidente do Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa) e coeditor deste sítio, participou de uma mesa-redonda na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA) da Câmara dos Deputados, na quarta-feira 4 de setembro, na qual sustentou as denúncias sobre a natureza supranacional do aparato indigenista, como apresentado no seu novo livro, Quem manipula os povos indígenas contra o desenvolvimento do Brasil: um olhar nos porões do Conselho Mundial de Igrejas (Capax Dei, 2013).

Na oportunidade, Carrasco que semelhante trama tem pelo menos quatro décadas e se baseia em uma rede de inteligência semelhante à revelada pelo ex-analista de inteligência estadunidense Edward Snowden. “Usaram o Conselho Mundial de Igrejas como estrutura de espionagem. Agora que está na moda, o governo brasileiro descobre por acaso que está sendo espionado por agências de inteligência americanas. Quero dizer uma coisa muito simples: o coração do aparato ambiental, Greenpeace, WWF e Instituto Socioambiental, são parte de estruturas de inteligências dos governos anglo-americanos. E tenho como demonstrar isso, em juízo se necessário”, desafiou.

Carrasco disse, ainda, que a infiltração estrangeira busca impedir o desenvolvimento da infraestrutura nacional e encarecer os investimentos, em especial na Região Amazônica, com a criação de “zonas de exclusão econômica” em territórios indígenas. “Isso tudo aparece como uma política progressista, de defender os direitos humanitários de índios, de pobres ou camponeses, mas na verdade esconde interesses de uma estrutura de governo mundial”, alertou.

Carrasco argumentou que a estratégia também prevê um trabalho minucioso de manutenção dos povos indígenas num estado de desenvolvimento primitivo: “O homem tem por natureza evoluir, desenvolver. Por que esta questão de manter um povo num estágio neolítico? Isto é desumano, é um crime de lesa-humanidade, manter um ser humano em condições fixas, como se fosse um animal.”

Segundo ele, o aparato indigenista-ambientalista está sufocando os produtores brasileiros, em especial as pequenas e médias propriedades. Os maiores beneficiados nesse processo, disse, seriam as grandes corporações do comércio mundial de alimentos: “Estão querendo transformar o Brasil numa grande plantation.”

Carrasco esclareceu aos parlamentares que o objetivo do seu livro, escrito em parceria com sua esposa, jornalista Silvia Palacios, não é atacar os povos indígenas, uma vez que eles são vítimas dessa mesma política. A intenção é alertar as autoridades brasileiras para a ameaça da quebra da harmonia racial do país, com a promoção de conflitos étnicos planejados, que oponham índios e não índios.

O presidente da CINDRA, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), afirmou que as informações apresentadas por Carrasco precisam chegar aos órgãos nacionais de inteligência. O parlamentar pretende encaminhar um exemplar do livro à CPI da Espionagem, instalada no Senado, na véspera. “O Brasil precisa reagir, sair desse estágio de indiferença com relação aos interesses internacionais. Daqui a pouco perderemos nossa soberania sem ouvir um tiro sequer, por pura ingenuidade das autoridades”, disse ele.

A CPI da Espionagem foi criada com base nos documentos vazados pelo ex-agente da NSA, Edward Snowden, que revelam detalhes do monitoramento do governo norte americano sobre o governo e empresas brasileiras.

Por sua vez, o deputado Paulo César Quartiero (DEM-RR), recordou a sua luta em Roraima contra o aparato descrito por Carrasco:

Gostaria de dizer ao Lorenzo que nós nos conhecemos no começo da década de 1990, em Roraima, e isso que ele está dizendo agora ele já dizia naquela época, e alertava sobre os eventos que iriam se suceder, inspirando a nossa resistência. Nós ficamos desde 1998, em Roraima, resistindo a essa política, até 2009, quando conseguiram implantar a [terra indígena] Raposa Serra do Sol, e retirar os produtores de lá. Foram 11 anos de resistência da população de Roraima contra essa política. Só para relembrar ao nosso presidente [da sessão], a Revolução Farroupilha durou dez anos. E isso foi, nas palavras do próprio ministro Gilberto Carvalho: “É claro que foram menos demarcações, porque após a Constituição de 1988 havia muito mais terras para demarcar. Sobrou o mais difícil para nós, como foi a guerra com a Raposa Serra do Sol.”

Nós demos, em Roraima, uma contribuição para a questão, mostrando a realidade. E lá sim, todo esse aparato esteve presente: a ONU esteve lá, a OEA esteve lá, o CIMI, as ONGs, para pressionar pelas demarcações. O interesse internacional começou a demarcação com a importação do bispo Aldo Mongiano, que promoveu a revolução angolana na África e foi trazido para Roraima para implantar essa política, que começou lá. E nós alertávamos que o destino de Roraima iria nortear o destino do resto do País, e que se nós perdêssemos, como efetivamente aconteceu, o Brasil seria Roraima amanhã.

O vídeo com os trabalhos da sessão pode ser visto no sítio da Câmara.

Principais trechos da exposição de Carrasco

“A miscigenação e a integração de povos de diferentes origens, apesar dos problemas sociais, da própria escravidão, etc., torna o país um exemplo para a civilização mundial do que é um modelo de harmonia, de civilização.

“O Dr. Sérgio Danilo Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, demonstrou que 50 milhões de brasileiros, mais de um quarto da população, possui herança genética indígena. Quer dizer: como explicar essa questão? (…) Essa singularidade brasileira foi destacada, no início do século passado, pelo intelectual mexicano José Vasconcelos, que foi ministro da Educação após o governo revolucionário [mexicano], que dizia que no Brasil havia se constituído uma raça cósmica, pois aqui não havia mais distinção. Porque qualquer raça do planeta pode se passar por brasileiro.

“[O escritor austríaco] Stefan Zweig, que falou do futuro do Brasil, disse: ‘Considerando que o nosso velho mundo é, mais do que nunca, governado pela tentativa insana de criar pessoas racialmente puras, como cavalos de corrida; ao longo dos séculos a nação brasileira tem sido sobre o princípio de uma miscigenação livre e não-filtrada. A equalização completa do preto, do branco, do marrom e do amarelo.’

“Eu me pergunto: como é possível que esse que é um modelo de civilização esteja sendo subvertido? E por quê? E para quê?

“Essa [a miscigenação] é a grande contribuição que podemos dar à civilização mundial, e esse é o elemento crucial que está sendo subvertido, com todo esse problema racial e étnico que está sendo introduzido no país, de maneira absolutamente absurda.

“Quem são os que estão subvertendo isso, por meio de ONGs, por meio de políticas que vêm sendo implementadas nos últimos quarenta anos? Tal como mostramos no livro, são os governos da Inglaterra, da Holanda, as casas monárquicas que estão governando a Europa, e estão difundidas por meio de uma série de organizações não-governamentais que trazem essa mensagem.

“Mas qual é a experiência de civilização que a Inglaterra teve? Qual a experiência de civilização que a Holanda teve? Qual a experiência de colonização que os EUA tiveram? O que fizeram com as populações indígenas? São os mesmos que estão querendo nos dar uma lição, impondo uma política racial absurda ao Brasil.

“Dentre esses fatos, surge o motivo desta investigação [que culminou no livro]. (…) A nossa pesquisa visava demonstrar de onde surgiu esse absurdo, que atenta contra o modelo de civilização brasileiro e é contrário à integração nacional. As interpretações das leis que estão regendo todo o problema indígena estão questionando o modelo brasileiro de civilização. Estão criando divisões no povo, entre índios e não-índios, entre negros e não-negros, atuando em todas as possibilidades em que se possa dividir.

“Nós chegamos a uma organização que foi a origem disso, que se chama Conselho Mundial de Igrejas (CMI). E onde está o CMI? Para se ter uma idéia: apoiou a Comissão Pastoral da Terra, o Movimento dos Atingidos pelas Barragens, apóia todo o movimento criado com o CIMI, que não representa a doutrina e o magistério da Igreja; (…) criaram o Instituto Socioambiental; estiveram por trás do movimento de desarmamento civil.

“A origem do Conselho Mundial de Igrejas é o aparato de inteligência anglo-americano. O fundador do CMI, que se chamava John Foster Dulles, e que foi o artífice da Guerra Fria, e seu irmão, Allen Dulles, que foi diretor da CIA, usaram a estrutura do Conselho Mundial de Igrejas como estrutura de espionagem. Agora que agora está na moda, o governo brasileiro descobre, por acaso, que está sendo espionado por agências de inteligência americanas. Quero dizer uma coisa muito simples: o coração do aparato ambiental, o Greenpeace, WWF e Instituto Socioambiental, são parte de estruturas de inteligência dos governos anglo-americanos. E tenho como demonstrar isso, em juízo se necessário.

“O que está em jogo aqui é que está sendo imposta uma política que aparece como uma política progressista de defender os direitos humanitários de índios, pobres, camponeses sem terras – mas que, em realidade, esconde interesses de uma estrutura de governo mundial. Isso é o que o livro está apresentando.”