O inferno astral dos políticos, É bom saber, Queda de braço na questão indígena, Sem noção e Considerações sobre a Saúde Pública

23-07-2013 16:28

COMENTÁRIO 174 de 22 de julho de 2013

 

Por. Cel. Gelio Fregapani 

 Articulista e Colunista do site.

 

O inferno astral da classe política, e da Política do País.

     A popularidade da Dilma desabou. Também a de Lula, cuja saúde não recomenda sua volta mesmo que queira. Ainda pior que eles estão os parlamentares em geral -(Sarney com 92% de rejeição, Renan e Henrique Alves com 89% e Aécio aproximando-se dos  50%). Marina, já  rejeitada por todos que querem produzir, ainda  sofrerá as consequências quando for conhecido seu passado de corrupção e de separatismo indígena a serviço da Inglaterra. Seria mesmo a pior opção. Até agora só escapa do desgaste o Joaquim Barbosa, que jura não ter pretensões eleitorais. Apesar disto já começa a ser atingido.

      Essa ausência de alternativas é perigosa. Faltando ainda 18 meses para Dilma terminar o mandato se acentuam os sinais de ingovernabilidade A economia ainda não está mal, mas a perspectiva que vai piorar tem o mesmo efeito.

      Não sabemos o que aconteceria se a Presidente tomasse o freio nos dentes e fizesse uma faxina completa: reduzisse os Ministérios para uns cinco, prendesse os corruptos, endurecesse com os bandidos e com o Judiciário mesmo ao arrepio da Lei e onde não houvesse administradores sérios e competentes colocasse técnicos apolíticos, como missão, sem recompensas extras.

      Com ações nesse estilo talvez conseguisse levar o nosso País a um glorioso destino, mas talvez fosse alijada do poder. Não sabemos o que acontecerá, mas sabemos que,  enfraquecida, cedendo tudo à ambição imensa de seus aliados e de seu partido, permitindo o aumento dos juros ao setor financeiro desmontara a produção, e pior, terá que tolerar as ações das ONGs e dos “movimentos sociais” como o Lula e o FHC o fizeram.

     Nessa hipótese haverá convulsão generalizada na próxima eleição ou mesmo antes e  talvez o desmembramento do nosso País.  

 

 É bom saber

    Governo FHC – O internacionalismo globalista do Governo entregou à Booz-Allen, empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, (onde trabalhava  Snowden),  a responsabilidade por estudos estratégicos, desde o "Brasil em Ação" no primeiro governo até o "Avança Brasil" no segundo, bem como os programas de privatização e de reestruturação do sistema financeiro nacional. A empresa operou até 2002, em estudos e pareceres, contratados pelo governo para abastecer uma política de alinhamento do Brasil com a economia dos EUA.

     Governo Lula – O internacionalismo esquerdista do Governo considerava que as fronteiras na deveriam ter cercas, mas sim pontes. Insistindo em não reagir às provocações, o nosso País passou a ser tratado como um grandalhão medroso que se ajoelha ao som do primeiro grito. “Devemos ser generosos com a Bolívia, é um país muito sofrido”, recitava Lula a cada insulto. Engolindo desaforos e confiscos. O mesmo acontece com a Argentina, Paraguai e Equador.

Difícil saber qual o pior.

 

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    Queda de braço na questão indígena

    A pressão indigenista recrudesce, O lado nacionalista, sob pressão, dá mostras de fraquejar, mas a população está sendo esclarecida e terminará por colocar um freio nas ações apátridas da Funai.

   Apesar de a Presidente manter a decisão de rever o processo de demarcação de novas terras indígenas e de acabar com o monopólio exercido pela Funai, na atividade  incluindo outros órgãos  - Embrapa e os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, o Ministro da Justiça  José Eduardo Cardoso, afirma que a Presidente deixou claro que não pretende esvaziar a Funai, mas fortalecer esse órgão". Os indígenas, claro, se posicionaram contrários à inclusão desses órgãos e entregaram à Presidente um documento com 11 reivindicações e recebendo a promessa de que os seus pedidos serão atendidos.

    Enquanto isto a Funai está promovendo, à margem da Lei, a demarcação de nova Terra Indígena em Santa Catarina e funcionários da Funai estariam empenhados em ampliar a reserva Xapecó e ainda índios de diversas etnias bloqueiam a estrada de ferro de Carajás. Os casos simultâneos de SC e do MA são típicos da questão indígena. A Funai e o aparato indigenista que a apóia se concentram em demarcações de terras indígenas em áreas mineralizadas ou no mínimo produtivas e habitadas por não índios,fazendo o jogo do estrangeiro ambicioso e solerte. Torna-se evidente que no Norte da Amazônia, o objetivo é a criação de novas nações dóceis e totalmente controladas, e ao Sul da Amazônia é prejudicar a concorrência agrícola. Por esses e outros motivos, é mais que urgente uma ampla reformulação na política indígena, para que o Estado brasileiro possa assegurar plenamente os direitos reais, tanto dos índios como dos não-índios.

   Algo indica que, enfraquecida, Dilma também cederá nesse importante setor, como já o fez na questão dos juros. Caso continue cedendo, nosso País estará realmente mal. Entretanto, por enquanto, ainda resta uma esperança.

 

Sem noção

    O “Anonymous” convocou manifestantes para atos durante a Jornada da Juventude  e a visita do Papa":..."Não se trata de um protesto contra o Papa nem a Igreja Católica', esclarece o grupo. 'Será mais um grito contra a corrupção e por serviços públicos mais dignos........" Será?

     O que esperam conseguir com essa inoportuna e constrangedora  convocação?      Desmoralizar o País e a cidade do Rio de Janeiro? Desmoralizar a política brasileira já mais do que desmoralizada? Conseguir espaço na mídia internacional - abrindo caminho para que o Brasil se torne o Egito da vez? Ou, será que esperam constranger o Papa a falar mal daqueles que, oficialmente, o estão recepcionando? Deveriam  saber que o Papa não pode intervir. Roupa suja se lava em casa.

   É evidente a tentativa de aproveitamento das manifestações por um setor do PT, mas não podemos descartar totalmente o dedo estrangeiro, ou pelo menos o aproveitamento estrangeiro. As tentativas de ingerência começam exatamente com os colaboradores, colaboracionistas e, ou, ignorantes - na melhor das hipóteses - tentando  badernar, fazer manifestações etc., etc...

  Talvez até consigam nos enganar, mas se soubermos a verdade, a verdade nos libertará

 

Considerações sobre a Saúde Pública

    Não há dúvida que melhoramos. No início do século passado éramos ”doentes” por falta de saneamento e, principalmente, por deficiência na qualidade da alimentação. O nosso País produzia quase somente cana e café, exceto nas regiões colôniais, onde se comia bem. Os mais velhos lembram-se da dificuldade de encontrar homens saudáveis suficientes para equipar uma simples Divisão, na FEB. Melhoramos muito em alguns setores e podemos creditar à alimentação mais balanceada, o principal progresso, apesar de ainda existir, nas áreas mais pobres, a deficiência alimentar capaz de transformar uma raça de gigantes em homens gabirus.

    Outros importantes fatores para a saúde são a higiene e o saneamento básico. Sobre o saneamento básico, que melhor seria chamado de ecologia humana, avultam a água potável, as moradias saudáveis e os esgotos, que seriam vantajosamente substituídos por biodigestores. Algumas plantas, como a mamona, afastam até o mosquito da dengue, e o ato de lavar as mãos e cuidar do seu lixo evitam muitas doenças. Juntas, essas medidas fazem milagres.   A boa alimentação é fruto do progresso. O saneamento básico é assunto de Governo. Já a higiene é fruto da educação. Como complemento das medidas governamentais ainda teremos a medicina preventiva, ou seja a imunização através das vacinas.

    Mesmo com todas essas medidas ainda existirão doenças, então cabe à Medicina cumprir seu nobre e insubstituível papel de cura, ou seja a Medicina é a ultima etapa na luta pela saúde.

    Erroneamente o Ministério da Saúde trata quase somente da Medicina e assim mesmo erra nas prioridades. Com a internação de um viciado gastam-se recursos que salvariam uma centena de maláricos. Esse último dado será difícil de corrigir, devido ao bom coração da  nossa  gente, mas os médicos militares são instruídos a fazerem uma triagem para dar prioridade aos que poderão voltar ao combate.   É triste, nós sabemos, mas por vezes é necessário.

 

  Que Deus guarde a todos nós

 

ADENDO

 

EFEITOS COLATERAIS DE LEIS ERRADAS

Extraído  de artigo de Gerhard Erich Boehme

a)      os trabalhadores rurais foram alvo de uma legislação que deveria regular a relação de trabalho no campo, viria para beneficiar o empregado. O que ocorreu é que acabou criando uma insegurança jurídica enorme, a grande maioria, a quase totalidade dos fazendeiros, optou por colocar o trabalhador para fora das chamadas vilas rurais, onde havia escola, igreja e lazer. Naturalmente  haveria eventualmente abusos, os quais infelizmente continuam, mas criou-se um contingente enorme de boias-frias, muitos sem residência definida, que sabemos leva a desestruturação familiar e os jovens a criminalidade. É fato.

b)      tivemos a lei do inquilinato, visava proteger o inquilino, mas o efeito foi devastador, criou-se nos anos 80 e 90 um apagão em termos habitacionais no Brasil. É fato. Atualmente não há incentivo para se manter as poupanças de português, como eram chamadas as inúmeras casas de aluguel. Hoje o que temos é a segregação urbana, a qual chamo de discriminação espacial e se multiplicaram as favelas no Brasil.

Só na cidade do Rio de Janeiro e Região Metropolitana são mais de 1 mil favelas. Mas atualmente, a cidade de São Paulo concentra a maior quantia de favelas do Brasil.

c)      agora se quer dar proteção aos domésticos, leva-se a contenda para dentro de casa, muitas famílias não irão mais dar oportunidade para empregadas, caseiros, vigias, etc. O passivo trabalhista poderá ser proibitivo. E as milhões de residências em sítios, casas de campo, praia, fazendas, etc. ficarão largadas a própria sorte, próprias para serem alvo de furto, quando não roubo. É fato. Isso sem contar que mesmo em apartamentos de luxo não se constrói mais o quarto de empregada, ela terá que ficar “residindo” na favela ou em algum outro lugar sem dignidade para morar, ...

 

As leis são importantes, mas temos que pensar melhor sobre o efeito devastador que elas produzem, os efeitos colaterais em especial, ainda mais no Brasil onde temos mais advogados que engenheiros. A realidade é que temos a lei da ação e reação e ela não está restrita a física, mas também se dá nas relações humanas. E para tal devemos entender a ação humana, muito bem explicada por Ludwig von Mises em seu “Tratado de Economia”, onde previu os efeitos de muita lei para criar o paraíso.

 

Mas se isto não é ensinado nas escolas de economia, imagine então nas faculdades de Direito, ainda mais na UFMG. Temos assim um dos grandes entraves no Brasil ao nosso desenvolvimento